Dalledone diz que atentado a tiros não era para assustar: ‘Foi para me matar’; veja fotos e vídeo do estrago
Dalledone atribuiu estar bem, ele e toda a equipe, à devoção que tem à Nossa Senhora Aparecida. Polícia Civil investiga o crime
O advogado Cláudio Dalledone Jr, que teve o escritório alvo de um ataque a tiros na madrugada de quarta-feira (30), disse acreditar que a intenção dos criminosos não era assustar, mas sim matá-lo. Isso porque o próprio advogado disse que passaria a madrugada estudando. Ele acredita que os atiradores pensaram que ele estava com a equipe no escritório. Veja abaixo fotos e vídeos do estrago provocado pelos tiros.
O atentado ao escritório de Dalledone aconteceu por volta das 2h. Os atiradores chegaram em um Sandero branco. Dois desceram, enquanto outro ficou no carro para dar cobertura.
Segundo Dalledone, foram mais de 30 tiros, beirando 60 disparos. Ele disse que os criminosos não estavam brincando.
“Eles, acompanhando minhas postagens, pela rede social, nós postamos que nos preparávamos para um julgamento em União da Vitória. Estudamos sempre no período da noite e costumamos estudar a noite toda. Postamos nos stories, mas nunca colocamos o local que realmente estamos. Eles imaginaram, na cabeça deles, que nós estivéssemos no escritório”
disse Dalledone.
Inicialmente, Dalledone até chegou a dizer que o atentado foi planejado para assustá-lo. Mas ele disse agora acreditar que buscavam matá-lo.
“Não foi para assustar, foi para me matar e quem estivesse comigo. Não se trata também de nenhum cliente que não esteja satisfeito com o que ocorreu”
avaliou o advogado.
Possíveis hipóteses
De acordo com os levantamentos do próprio Dalledone, existem três possibilidades de motivações para quererem matá-lo.
“Tenho me debruçado em uma causa que vem ofendendo a advocacia, que são os falsos advogados, que são marginais que se dizem advogados que fazem verdadeiros horrores”.
Outra possível causa é uma advogada que fez postagens relacionadas à morte de Dalledone.
“Postagens nada convencionais, me chamando de abutre, colocou nas postagens ‘RIP’ e dizendo “deu ruim para o guerreiro”, e depois aconteceu o atentado”.
Uma terceira possibilidade é que os atiradores tinham interesse de atentar contra ele para agradar pessoas com “relevância” em organizações criminosas.
“Todas são hipóteses e que serão passadas à polícia, que deve investigar. Eu enquanto vítima posso levantar essas hipóteses”.
Morto em confronto
Apesar de todas as hipóteses levantadas por Dalledone, o homem que morreu ao entrar em confronto com os policiais do Batalhão de Polícia Rondas Ostensivas de Natureza Especial (BPRONE), no bairro Guatupê, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), pode trazer informações importantes.
“Existe um conteúdo dentro do celular do sujeito que confrontou a Polícia Militar. O telefone, com dois chips, vai ser determinante para que se tenha a noção de quem mandou”.
Atentado planejado
Para Dalledone, o atentado foi planejado e não foi feito por qualquer um, principalmente pelas armas que foram usadas.
“Um atentado que não foi feito por amadores, toda a logística, havia um carro, armas de guerra. Vieram atentar contra a minha vida, mais uma vez eu tive a proteção divina. Sempre anunciei que estava em um lugar e estou em outro, isso é uma constante em minha vida”.
Dalledone atribuiu estar bem, ele e toda a equipe, à devoção que tem à Nossa Senhora Aparecida. Ele disse que, mesmo assustado, não vai se abalar.
“Sou devoto de Nossa Senhora Aparecida e ela mais uma vez me livrou do mal maior. Tenho filhos para criar, equipe para sustentar, pago impostos, sou um homem que cumpro leis e não vou tombar morto por interesses subalternos que acabam escoando nesses marginais. Assustam o homem, mas jamais vão fazer com que o advogado que habita em mim fique com temor disso”
concluiu Dalledone.
A Polícia Civil continua investigando o crime.
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